Entre os dias 27 e 29 de julho, aconteceu a Mostra OLAR NO FIG no 31º Festival de Inverno de Garanhuns. Idealizada por Cíntia Lima e Lílian de Alcântara, a iniciativa trouxe para Pernambuco uma curadoria de filmes latino-americanos contemporâneos, com reflexões sobre gênero, sexualidades, corpos e territórios.
Composta por 10 curtas e um longa, a mostra gratuita exibiu produções de cinco países: Argentina, Brasil, Chile, Cuba e México. “Por conta da pandemia, esta foi a primeira oportunidade de realizar sessões presenciais em Pernambuco e foi incrivel a troca com o público. Acreditamos que a mostra veio para colaborar com a internacionalização da programação de um festival tão tradicional como o FIG, fortalecendo as perspectivas latinoamericanistas no nosso estado”, comemora Cíntia Lima, uma das idealizadoras da mostra.
A PROGRAMAÇÃO
A programação foi dividida em três sessões. As duas primeiras, compostas por curtas de realizadorxs latino-americanxs, trouxe histórias de vidas reais ou sonhadas, de variadas perspectivas políticas e também da multiculturalidade. “Juntas, as produções trazem um diálogo que reúne as complexidades da América Latina e suas relações com as mudanças internas e externas”, explica Lílian Alcântara, idealizadora da mostra.
A curadoria de curtas contou com filmes de ficção aclamados pelo público e premiados no Festival 1º OLAR em 2022.
No sábado (29), em seu último dia, a Mostra OLAR exibiu uma produção especial: o longa Hope, Soledad (2021), da mexicana Yolanda Cruz. O road movie, a partir da realidade de duas mulheres que se conhecem em uma peregrinação rumo a Virgem de Juquila, reflete sobre temas universais para a América Latina, como o sincretismo religioso, a migração e a busca das novas gerações por suas origens.
Além de exibir os filmes, as curadoras da mostra participaram de debates ao fim das sessões.
A mostra OLAR é uma iniciativa do Observatório Latino-Americano de Realizadoras (OLAR), que promove o reconhecimento de realizadoras de cinema e audiovisual na América Latina, com foco na produção dissidente de gênero.
Filmes exibidos
27/07 | Sessão 1
UN TIPO COMO TU (Ava, 2022, Cuba, 6'11'')
SAD FAGGOTS + ANGRY DYKES CLUB (Viq Viç Vic, 2020, Brasil, 3’)
QUANDO CHEGAR A NOITE PISE DEVAGAR (Gabriela Alcântara, 2021, Brasil, 21’24’’)
O QUE OS MACHOS QUEREM (Ana Diniz, 2021, Brasil, 8’35’’)
UMA PACIÊNCIA SELVAGEM ME TROUXE ATÉ AQUI (Érica Sarmet, 2021, Brasil, 26')
28/07 | Sessão 2
O OVO (Rayane Teles, 2021, Brasil, 23')
LA VISITA (Carmela Sandberg, 2022, Argentina, 10')
CASIMIRA (Carolina Fuentealba, 2020, Chile, 26’13’’)
PATUÁ (Renaya Dorea, 2022, Cuba, 3’49’’)
ESTRELLAS DEL DESIERTO (Katherina Harder, Chile, 2022, 18'56'')
29/07 | Sessão 3
HOPE, SOLEDAD (Yolanda Cruz, 2021, México, 79'')
TEXTO: Lívia Alcântara (Comunicadora)
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